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Índia lança anel com agulha para proteger mulheres de estupradores


 Um anel criado para auxiliar na defesa feminina foi apresentado neste sábado em Bangalore, na Índia. O evento faz parte da campanha “Save my Sister” (salve minha irmã, em inglês), criada para tentar conter a onda de estupros no país.



O acessório foi batizado de ‘Picada Feminina’. Ele conta com uma microagulha e um compartimento cheio de capsaicina, o componente ativo da pimenta. Ao atingir o agressor, a substância se espalha pelo corpo, causando desconforto e dando uma chance para que a vítima fuja.


Pena de morte


O juiz Yogesh Khanna sentenciou à pena de morte nesta sexta-feira os quatro acusados pelo caso do estupro coletivo seguido do assassinato de uma jovem estudante em dezembro do ano passado e que comoveu o país.

Khanna justificou a condenação ao afirmar que o estupro seguido de morte é um "caso extraordinário entre os extraordinários", classificação usada na Índia para crimes bárbaros e traição.

"Este caso exige um castigo exemplar com a morte. Nestes tempos em que os crimes contra as mulheres estão aumentando, os tribunais não podem fechar os olhos", disse Khanna.

A vítima, uma estudante de fisioterapia de 23 anos, foi estuprada e torturada em Nova Dhéli por seis homens em um ônibus quando voltava para casa do cinema. A jovem morreu 13 dias depois em um hospital de Cingapura.

Problema se agrava

Quase um quarto dos homens interrogados no âmbito de uma grande pesquisa da ONU em seis países da região Ásia-Pacífico reconheceram indiretamente terem cometido estupro, revelando a magnitude de um comportamento que não se limita à Índia.

Este estudo, realizado com mais de 10.000 homens de 18 a 49 anos cujas identidades não foram reveladas, confirma que "a violência contra as mulheres é uma dura realidade", declarou Roberta Clarke, representante da ONU, durante sua apresentação nesta terça-feira em Bangcoc.

Os 10.000 homens interrogados formam parte de amostras não representativas da população, destacaram os autores da pesquisa, que desejam evitar as generalizações.

"Embora este estudo se concentre na Ásia-Pacífico, apresenta um interesse global", destacou a pesquisa, que foi alvo de um artigo no The Lancet.

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